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Aprendizagens, Famílias e Saúde - I Encontro Inventividade



Este dia foi permeado por muitos convites à reflexões...


“Eu vi um menino correndo... Eu vi o tempo... Brincando ao redor do caminho daquele menino...” Assim Caetano Veloso filosofa e sintetiza os processos de viver.


“Porque nós vivemos?” Inicia Gabriel Teixeira, sua fala com o questionamento! Como se dão as nossas construções identitárias, desde as nossas matrizes de aprendizagens – citando Pichon-Riviére – constituídas a partir da experiência de diversas culturas, etnicidades, identidades de gênero, influências inconscientes pelo inconsciente coletivo – citando Jung.

Como se dão os processos de viver – construções, desconstruções e reconstruções da identidade? Na velhice também há reedições de comportamento e práticas das diversas etapas da vida... Mas... e as falas que escutam quando decidem confrontar e escolher a forma como querem viver?


Em relação à sexualidade, ou melhor, às sexualidades, observa-se um processo de castração recorrente baseado no padrão hétero-normativo, que nos faz questionar: E as pessoas homoafetivas e plurais? Como pensar em vida saudável, quando se reprime as questões da sexualidade? Quando se marginaliza pessoas, impedindo-as de vivenciar e reconhecer-se livremente, cerceando o prazer e o gozo do viver?


Há uma urgência em viver! Em nossa sociedade, concretiza-se alto número de mortandade de jovens – negros, indígenas e LGBTQIA+... A morte está ali, na curva... Envelhecer é um ganho! Contudo, nos trazem outros temas que se desdobram: As afetividades líquidas (Balmman); as condições sociais; a pós modernidade e os conflitos geracionais e a luta para continuar vivendo e com qualidade de vida. Assim, é necessário ressignificar os conceitos de juventude e envelhecimento, bem como começar a pensar por que, para que e para quem a gente vive. Ana Cláudia Freitas, sintetiza este primeiro momento, constatando que é necessário cada um de nós desenvolver um novo olhar em relação à Pluralidade e Acolhimento.


Tatiane Melo nos brinda com uma frase de Hipócrates: “Que seu alimento seja seu remédio, que seu remédio seja o seu alimento.”


Correlaciona a alimentação às emoções, nos trazendo que “começamos a comer nossas emoções desde muito pequeno”, desenvolvendo uma relação entre os alimentos e compensação, de forma inconsciente, o que pode gerar, futuramente, desestruturas como as inflamações crônicas sistêmicas, as obesidades, ansiedades, depressões, sedentarismo. “ Com a emblemática frase “Nosso corpo é nosso templo sagrado”, propõe a interrelação entre nutrição e autocuidado, incentivando a reflexão sobre o que a gente vai colocar para dentro do nosso corpo e convidando-nos: a “Descascar mais e desembalar menos”; a ingerir boa quantidade de água, cuidar com carinho do momento de se alimentar, criando um cenário com outros estímulos, como uma mesa posta com louça bonita, toalha que só usamos para os visitantes, enfim criar um ambiente prazeroso, lembrando com a rigidez na restrição, pode gerar comportamento compulsivo... Ana resume que “O comportamento do comer, pode e deve estar permeado de auto amor e autocuidado.


Luiza Huber, que falou sobre as práticas integrativas de saúde, de pronto, relaciona a vida à respiração; logo, a qualidade de vida está intimamente conectada à qualidade de nossa respiração. Traz a visão sobre envelhecimento “Envelhecer é o tempo de a gente se tornar uma pessoa mais realizada, autônoma e independente – com qualidade de vida, saúde e vitalidade” e nos conclama a investir nestas possibilidades que são as Práticas Integrativas, como a Fitoterapia, Yoga, Reiki, Chi Kung, dentre outras, informando que o SUS oferece algumas práticas integrativas para as pessoas.


Nos reflete sobre as relações que o ocidente tem com a saúde, que é centrada na doença, já o oriente é centrada na saúde, e convida a conhecer mais sobre o assunto. Fala sobre o processo da pandemia, ilustrando a relação entre as emoções e as formas de estarmos na vida, considerando os aspectos bio e fisiológicos. Destacando sempre as emoções. Propõe uma visão integral e sistêmica, conectando o corpo, a mente e as emoções. Convoca que cada um de nós criemos o próprio projeto para investir em sua saúde, envolvendo inclusive a arte e a criatividade, que podem ser exercitados através de desenhos, leituras, dança, canto - aproveitando o tempo...


No momento da interação, Gabriel Teixeira reflete que a maior necessidade do ser, do berço ao túmulo é o Amor! O afeto, que é resultante de uma prática de cuidado. “Quem tiver seus velhos, AME cada ruga, cada cabelo branco e vamos ser feliz!” Tatiane propõe que façamos escolhas mais conscientes, para melhor nos nutrirmos; Louisa Huber, traz a história de sua mãe que teve uma vida complexa e aos 85 anos escreveu um livro contando sua historicidade, cultivava flores e as doava. Finalizamos com uma breve prática de chi kung... Ana finaliza este momento convidando à uma prática diária de amor e carinho.


Retomamos com a fala de Jacilene Trindade sobre O Papel do Cuidador – Experiência de Formação de Cuidadores. Que se iniciou com a reflexão sobre “Toda a sociedade precisa desenvolver o cuidado com a pessoa idosa” e necessidade de em nosso “processo de vida, desenvolvermos a preparação para o nosso processo de morte” considerando nossa multidimensionalidade, bio – pisco- social. Ressaltando os cuidados com a higiene física, alimentações e medicamentos; o cuidado com o emocional e cognitivos (através de estímulos como diálogos), sociais, arquitetura, dentre outros. Também nos traz as diferenças entre o cuidador formal (necessário uma formalização com um diploma, por um curso legalizado) e o cuidador informal – familiares, importante que melhor será que a pessoa tenha acima de 18 anos. Fala sobre a importância de o cuidador desenvolver o seu autocuidado, nas dimensões sociais, emocionais e espirituais e as implicações do caso de este cuidador não investir neste âmbito, como por exemplo a geração de pacientes ocultos... Traz ainda alguns pontos importantes a se considerar: A questão do voluntariado; a necessidade de profissionalizar o cuidador e uma experiência na implantação de um curso de cuidadores...


Finalizamos este momento com a profissional se disponibilizando para futuros diálogos!






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