A tarde de 26 de setembro de 2021, foi enriquecida com troca de saberes e de fazeres! Foi também uma tarde provocativa, com o encontro de três pessoas e profissionais envolvidas com o tema Envelhecimento Saudável Panorama Atual e Perspectivas.
“O que você vai ser quando tiver consciência do seu processo de envelhecimento?” Importante lembrarmos que envelhecimento é processo. É vivência de tempo e “A vida tem nos roubado TEMPO de convívio entre nós”, nos instiga a Professora Marcela Mary da Silva ... “Nosso tempo é hoje”, vamos viver o aqui agora! Ocupando e cocriando espaços na sociedade, engajando-nos com as questões inerentes ao envelhecimento!”, suscita a Professora Marta Lopes Caldas... “O tema nos remete as encantamento por sua complexidade e amplitude” incita a professora Maíza Neville. Neste diálogo, refletimos sobre a importância de se ter em conta que o envelhecimento se trata de uma Etapa da vida: Um processo natural, inexorável, multifacetado e multifatorial; considerando os aspectos biológico, cronológico, psicológico, ambientais, históricos e sócio políticos. Já o envelhecimento saudável está vinculado à fatores internos e externos: genética; estilo de vida e políticas públicas - inclusão social e amparo – vamos criar um pacto solidário de reconhecimento de direitos; articular o envelhecimento com o exercício da cidadania, praticando o engajamento político - analisando e elegendo candidatos comprometidos com a causa e participando de movimentos reivindicatórios.
Vamos romper com os mitos e preconceitos, como o etarismo e idadismo; falar mais sobre temas como: Velhice e Amor; Casais homoafetivos; Lazer e a importância do convívio intergeracional.
Vamos aprender e exercitar a proatividade, a independência e funcionalidade que levará a autoestima, autoconfiança autonomia e empoderamento – “Uma vida social ativa é direito de todos” – “Um engajar-se no tempo presente” “Aprendizagens acontecem em qualquer fase da vida”!
Vamos questionar a “negação da velhice” e investir no desenvolvimento de uma “educação para envelhecer”... “A gente ainda sabe muito pouco sobre envelhecimento” e temos à frente dois grandes desafios: Tratar das pessoas que já estão velhas e educar as pessoas que estão do processo de envelhecimento, horas negando, horas acolhendo este processo. “... Fato é estamos todos envelhecendo.” Precisamos lembrar que velhice não é doença, contudo a vida, neste sistema social, é desvalorizada1 O Envelhecer está pontuado por marcadores temporais e marcadores sociais. Importante refletirmos sobre o processo da aposentadoria e a luta por direitos. No tempo vigente, constatamos muitas perdas e retrocessos e o quanto isso impacta na geração atual e impactará nas gerações futuras, por isso é necessário que tenhamos em conta que os níveis de agravos e riscos sociais interfere na possibilidade de uma vida saudável, assim como as variadas condições concretas de existências, que diversificam a vivência da velhice.
Necessário é buscarmos os engajamentos privado e público – em relação ao engajamento privado, vamos exercitar o respeito aos mais velhos – dando existência à pessoa mais velha e refletindo sobre que tipo de “relações sociais temos com os velhos”. Quanto à esfera pública, atentar para a carência do acesso à alfabetização; às artes, à ciência... refletir sobre as condições salariais/aposentadoria decente... “os velhos de classe social mais desfavorecida, estão pensando como vão alimentar sua família” – Neste sistema social que se embasa num modo de produção capitalista, o que se favorece é a incerteza do destino dos filhos, a insegurança quanto ao seu futuro e dos seus. Que tal valorizarmos e utilizarmos o termo “velho”, considerando que envelhecer é um verbo e ‘Só envelhece quem está vivo! Velhice é o contar do tempo”, logo “envelhecer é bom!” Que tal cocriarmos uma comissão para discutir o envelhecimento, dar visibilidade ao tema, congregar pessoas? Este encontro provocará alguns desdobramentos!
Propomos ainda, abordar um outro viés - a historicidade e o contexto do mundo do trabalho, desde um recorte: Profissionais envelhecidos com a prática de atuação e as possibilidades após os 50 +, bem como a inclusão no mercado de trabalho de pessoas 50+. Seguir trabalhando pode significar uma variedade de questões: Geração de renda; manutenção de um padrão de vida; cooperação na renda familiar - senão responsabilidade total; satisfação de desejos e necessidades – concretas e existenciais, como aprender novos jeitos e caminhar, agregar-se à novos grupos, entre outros. Trazemos algumas escolhas frente ao momento da aposentadoria: As pessoas se aposentam e param; outras se aposentam e diminuem o ritmo; outras ainda, se aposentam e mantém o ritmo - Afim de atender a esta demanda social, “as empresas precisam combinar a jovialidade com a senilidade, incentivando a diversidade geracional; contudo, algumas empresas ainda tem um olhar excludente”, neste sentido ainda estamos iniciando uma longa caminhada!
Necessário refletirmos sobre questões como:
Raça; Gênero; Incentivo à autonomia; Ciclo de vida; Condições concretas de existência e suas implicações na funcionalidade e autonomia da pessoa envelhecida; A necessidade da participação mais efetiva do Estado; Geração atual / classes sociais e envelhecimento;
A importância da família...
Enfim, entendemos que o tema é amplo, multidisciplinar e deve ser tratado de forma integrada! Assim finalizamos a abertura do nosso I Encontro Inventividade com as considerações de nossas convidadas: “Sozinhos não fazemos, construímos nada... Juntos pela causa 50 +”, nos convida a professora Maíza Neville... “Precisamos aprender a segurar as mãos uns dos outros, e assim não largar”, pois como diz Chê Guevara “Quando o extraordinário virar cotidiano, isto é revolução” ... “A partir do respeito aos mais velhos, haverá possibilidade de nosso país dar um salto qualitativo no que se refere à questões do envelhecimento saudável.” provoca professora Marcela Mary da Silva. “Envelhecer perpassa por questões externas e questões internas “Viva bem a idade que você tem. Estar vivo é um privilégio!”, constata Professora Marta Lopes Caldas.
Assim finalizamos a abertura do nosso I Encontro Inventvidade!
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